Filipe Coelho nasceu e vive em Barcelos. É autodidacta. Desde 2005/2006 que se dedica a composições escultóricas, com base em materiais como o inox, cobre e ferro, numa tentativa de adaptar “rascunhos” prévios nas áreas da pintura e da fotografia a uma vertente artística menos convencional. As figuras são minimais, enigmáticas. Ora seres estranhos firmados num surrealismo oprimido, ora óvulos-símbolo fragmentados numa prisão de ferros e maquinaria moderna. Paradoxalmente, parecem respirar livremente num mundo urbano de cinzentos e ferrugem. E a cidade metálica parece produzir também um som pesado qualquer. O resultado final são peças pesadas de cores mortas, espécie de escultura-telas metálicas, produto de um processo demorado, que tem tanto de precisão técnica como de procura de materiais recicláveis, entre o lixo ferrugento e o subconsciente urbano da indústria, da fábrica dos sonhos. +.
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